Existem imagens e imagens. Ao contrário do que muitas seitas apregoam, nós Cristãos, não adoramos imagens, apenas as usamos como modelo e exemplo a seguir. Santos que durante a sua vida terrena deram mostra de virtude e boa conduta moral.
As imagens são simplesmente uma representação e uma lembrança daquelas pessoas: quando se ora diante de uma imagem, não se cultua o objeto, não se refere à materialidade da imagem, mas rende-se culto a Deus (culto de latria), a Maria (culto de hiperdulia) ou aos santos (culto de dulia).
Existem imagens e imagens. Uma grande parte das imagens pecam pelos rostos ou feições serem um pouco acriançadas. Há quem refira a passagem bíblica “Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu.”1, como justificação para essa feição ou rosto.
No meu fraco entender, essa passagem talvez queira dizer que devemos ser maduros, mas nunca perdendo o nosso coração de criança. Devemos ser mais maduros, diria até, mais amadurecidos com a vida e na vida, mas nunca perdendo o nosso coração puro de criança porque, quanto mais vazio e necessitado for o nosso coração, tanto mais Deus cuidará de nós, assim sinto.
Existem imagens e imagens. Esta especifica, denota essa maturidade do Santo em causa. Esta mostra-nos um olhar profundado e aprofundando na fé em Cristo. Um olhar de alguém que já foi um grande pecador mas que, semelhante há adultera, Jesus lhe sussurrou ao coração “Vai e não tornes a pecar.” Um olhar para O Altíssimo que também me faz lembrar as palavras de Paulo “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim.”
Paulo Roldão
13 de abril de 2021
1São Mateus 18,3